quarta-feira, 5 de maio de 2010

Academia dos EUA gera eletricidade com pedaladas de alunos

Em uma academia de Nova York, vinte pessoas em bicicletas ergométricas pedalam furiosamente, estimuladas pelo treinador, e geram ao mesmo tempo eletricidade para o local.

“Eletrifique seu treinamento”, “Reduza sua cintura e seu índice de carbono”. No país do “fitness”, que durante muito tempo fingiu não ouvir as preocupações de ecologistas, até as academias agora querem ser “verdes”.

O mecanismo é simples. Um sistema colocado na bicicleta tranfere a corrente contínua do dínamo ativado pelos ciclistas a um transformador, que a converte em corrente alternada de 110 volts.

Graças a essa ideia, o local que abriga a academia recebe a corrente gerada por seus próprios alunos, consome menos eletricidade e economiza dinheiro.


“Inventei o sistema em 2007, testei-o em 2008 em uma academia de Connecticut e o lançamento comercial foi no verão passado em Los Angeles, indo no início de 2010 para Nova York e Washington”, conta à AFP Jay Whelan, presidente da empresa Green Revolution, que patenteou o sistema.

Vinte pessoas criam cerca de 3 kilowatts em uma hora, a duração de uma aula de “spinning”. Com quatro aulas diárias, a academia gera 300 kilowatts por mês, “que equivalem a energia necessária para iluminar uma casa durante seis meses”, garante Jay Whelan, um engenheiro de 46 anos.

Nesse ritmo, em um ano os atletas conseguem criar energia suficiente “para abastecer 72 casas médias durante um mês”, afirma o inventor do sistema.

Ainda que o New York Sports Club, no oeste de Manhattan, seja muito grande para se autoabastecer a partir do suor de seus alunos, outras academias menores poderiam alcançar esse objetivo, garante.

No momento, o sistema existe apenas para bicicletas, mas Green Revolution, que conta com 45 empregados, estuda instalar sistemas similares em outras máquinas aeróbicas. Cada sistema elétrico custa US$ 1.300.

Os atletas estão entusiasmados. “Uma pessoa queima calorias e gera eletricidade, é fantástico”, disse Richard Kronick, um arquiteto que terminou a aula banhado em suor. “É muito divertido, é um desafio útil”, acrescenta Felicia Rubin, encantada.

Junto ao treinador Rick Meadows, que grita as instruções enquanto pedala com entusiasmo, uma árvore de vidro serve para medir a energia gerada, com uma luz que sobe ou desce, de acordo com os kilowatts gerados pelo grupo.



 

Fonte: AFP