segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sistema de laser vai fazer mapeamento "fino" da Amazônia

Capaz de identificar o corte de uma única árvore, laser ajudará manejo sustentável da floresta; dados gerais ainda devem vir do espaço

A floresta amazônica brasileira contará, a partir deste mês, com mapeamento em três dimensões. A tecnologia, ainda não aplicada em alta resolução em florestas tropicais, permite obter imagens e medir impactos não identificáveis antes. Imagens convencionais de satélite, por exemplo, não eram capazes de identificar coisas como o corte de uma única árvore ou flagrar a presença de um rio sob a vegetação.

O sistema de "lidar" (pronuncia-se "laidar"; sigla inglesa da expressão "detecção e medição de alcance de luz"), consiste em um laser transportado por avião, cujos pulsos são capazes de atravessar o topo das árvores e alcançar o chão, gerando informações sobre a altura, largura e profundidade do que encontrar no caminho.

Além de auxiliar no chamado manejo florestal (produção sustentável dentro de matas nativas), o sistema permite medir estoques de carbono e biomassa, identificar áreas desmatadas e racionalizar os recursos para o planejamento da agricultura e da pecuária.
O teste será realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em uma área de mil hectares da Floresta Estadual de Antimary, em Sena Madureira (AC).

Madeira e borracha
O foco da iniciativa é o manejo para a produção de madeira, borracha, castanhas e outros produtos nativos da mata. As conclusões devem ser publicadas em dezembro.

Apesar das várias aplicações da tecnologia, o pesquisador Marcus d'Oliveira, líder do projeto na Embrapa, diz que o principal cliente do "lidar" será a indústria madeireira, que precisa dos dados para planejar estradas e trilhas, além da distribuição de árvores.

Hoje, as pesquisas florestais no Brasil são realizadas em campo com auxílio de GPS (Sistema de Posicionamento Global) e de imagens digitais de satélite. Nessas condições, segundo Oliveira, há imprecisão nas medições, devido ao erro humano, e dificuldade de deslocar equipes. Esses problemas, diz, serão superados com o "lidar".

O pesquisador afirma, porém, que a tecnologia não substituirá as imagens de satélite -mais fáceis de serem produzidas e atualizadas. Ele diz que o "lidar" será usado somente para pesquisa de uma área específica, que necessite de informações precisas e detalhadas. As imagens de satélite seguirão fornecendo os dados gerais.
Usado desde os anos 1990 no manejo de florestas temperadas dos Estados Unidos, do Canadá e da Europa, ainda hoje a aplicação do "lidar" em ambientes tropicais é reduzida.

Teste de campo

Alguns testes de baixa resolução foram realizados recentemente na Costa Rica e no Peru. No Brasil, o sistema vem sendo testado desde 2008 por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e do Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento) na análise de uma floresta plantada de eucalipto e pínus.

Fonte: Agência Folha

domingo, 16 de maio de 2010

Camada de ozônio na Antártica se recuperará até 2080


Os cientistas e os ecólogos gostam particularmente da história do chamado buraco na camada de ozônio: o problema foi previsto há menos de 20 anos (e depois a descoberta levou o prêmio Nobel), foi medido sobre a Antártida e levou à adoção de um acordo internacional (Protocolo de Montreal, 1987) para proibir o uso dos compostos químicos que destroem o ozônio. Este mês, o primeiro anúncio da redução – ou buraco – na camada de ozônio sobre o continente branco, em maio de 1985, completa 25 anos. Os cientistas celebraram a data na Universidade de Cambridge (Inglaterra) e explicaram que a espessura da camada de ozônio sobre a Antártica recuperará, em 2080, os mesmos níveis de 1950. Não faltou comparações com a mudança climática, mas neste caso vista com pessimismo, não por falta de conhecimento científico mas por falta de um acordo político eficaz que responda ao problema.

Joseph Farman, Brian Gardiner e Jonathan Shanklin, do British Antarctic Survey (BAS), informaram, em maio de 1985, na revista Nature, sobre a descoberta da redução da camada de ozônio sobre a Antártida, na primavera austral. A revista científica relembra a data com um artigo de Shanklin no qual ele conta como foi feita a descoberta na estação antártica Halley, ao constatar que os valores mais baixos de ozônio, medidos em meados de outubro (na primavera do continente), haviam caído cerca de 40% entre 1975 e 1984.

“Já havia uma preocupação de que os CFCs [clorofluorcarbonetos] pudessem destruir a camada de ozônio, que fica localizada entre 10 e 35 quilômetros de altura da superfície terrestre e que protege a humanidade de mais de 90% da perigosa radiação solar ultravioleta”, recorda Shanklin. Os satélites permitiram constatar que o buraco na camada de ozônio se estendia sobre todo o continente.

Foram outros cientistas, antes destes três especialistas do BAS, que deram o alarme com seus estudos sobre a química atmosférica e a destruição do ozônio pelas reações com compostos como os CFCs utilizados nos aerossóis e refrigerantes. Por causa de seus trabalhos nos anos 70, Paul J. Crutzen, Mario J. Molina e F. Sherwood Rowland receberam o Nobel de química em 1995.

Saiba quanto custa investir em um estilo de vida sustentável

Em uma definição simplista e ideal, uma casa sustentável é amiga do planeta e do orçamento doméstico, confortável, bonita e saudável.

No mundo real, ainda há muita confusão entre o que é apenas marketing verde, para vender produtos ditos ecológicos, e o que é sustentável de fato. E muito mais dúvidas à respeito de quanto custa ou quanto vale a pena gastar para alcançar esse ideal.

Além dos argumentos sobre a importância das atitudes que garantem o futuro da humanidade, também é preciso convencer o consumidor de que os produtos para isso não são necessariamente mais caros. Ou que são apenas um pouco mais caros, mas que se pagam com a economia que geram.

"No último ano, a venda de produtos para a construção sustentável cresceu 30%", diz Marco Gala, diretor de marketing da Leroy Merlin, cadeia de megalojas de material de construção. Segundo ele, o crescimento do mercado fez os preços baixarem.

Mesmo assim, a produção em menor escala e envolvendo uma série de custos extras, como o da certificação, faz com que, na maioria das vezes, o preço final seja mais alto do que opções menos sustentáveis.

Mas a coisa começa a mudar de figura. Segundo Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia, a economia gerada pelos procedimentos e materiais ecologicamente corretos paga o custo em um tempo relativamente curto.

Ferreira participou da criação de um protótipo de casa sustentável de 40 m2, apresentado na Ambiental Expo 2010 no final de abril, em São Paulo.

Idealizado pela Fundação Vanzolini e pela Inovatech, a proposta foi criar um projeto de casa popular adotando critérios de sustentabilidade.

De acordo com Ferreira, o preço final ficou aproximadamente 10% mais caro que o de uma casa popular padrão. "Mas a economia que a casa sustentável gera paga essa diferença em pouco tempo", afirma.

Manuel Carlos Reis Martins, coordenador do Processo Aqua, pondera que melhorar a forma com que a casa se relaciona com o meio ambiente ao longo de sua vida útil -a chamada ecogestão- está diretamente ligada ao melhor aproveitamento de água e energia.

Os recursos mais viáveis para deixar a casa verde são os que trazem esse tipo de economia. E nem tudo é novidade ou envolve alta tecnologia.

sábado, 15 de maio de 2010

Metade do mundo pode ficar inóspito com mudança climática, diz estudo

O aquecimento global pode deixar até metade do planeta inabitável nos próximos três séculos, de acordo com um estudo das universidades de New South Wales, na Austrália, e de Purdue, nos Estados Unidos, que leva em conta os piores cenários de modelos climáticos.

O estudo, publicado na última edição da revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences", afirma ainda que, embora seja improvável que isso aconteça ainda neste século, é possível que já no próximo, várias regiões estejam sob calor intolerável para humanos e outros mamíferos.

"Descobrimos que um aquecimento médio de 7 ºC causaria algumas regiões a ultrapassar o limite do termômetro úmido (equivalente à sensação do vento sobre a pele molhada), e um aquecimento médio de 12 ºC deixaria metade da população mundial em um ambiente inabitável", afirmou Peter Huber, da Universidade de Purdue.

Os cientistas argumentam que ao calcular os riscos das emissões de gases atuais, é preciso que se leve em conta os piores cenários (como os previstos no estudo).

Roleta russa

Quando o professor Huber fala em um aquecimento médio de 12 ºC, isso significaria aumentos de até 35 ºC no termômetro úmido nas regiões mais quentes do planeta. Atualmente, segundo o estudo, as temperaturas mais altas nesta medida nunca ultrapassam 30 ºC. A partir de 35 ºC no termômetro úmido, o corpo humano só suportaria algumas horas antes de entrar em hipertermia (sobreaquecimento).

Huber compara a escolha a um jogo de roleta russa, em que "às vezes o risco é alto demais, mesmo se existe apenas uma pequena chance de perder".

O estudo também ressalta que o calor já é uma das principais causas de morte por fenômenos naturais e que muitos acreditam, erroneamente, que a humanidade pode simplesmente se adaptar a temperaturas mais altas. "Mas quando se mede em termos de picos de estresse incluindo umidade, isso se torna falso", afirmou o professor Steven Sherwood, da universidade de New South Wales.

Calcula-se que um aumento de apenas 4 ºC medidos por um termômetro úmido já levaria metade da população mundial a enfrentar um calor equivalente a máximas registradas em poucos locais atualmente.

Os autores também afirmam que um aquecimento de 12 ºC é possível através da manutenção da queima de combustíveis fósseis. "Uma implicação disso é que cálculos recentes do custo das mudanças climáticas sem mitigação (medidas para combatê-las) são baixos demais."

Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Aquecimento pode exterminar um quinto dos lagartos até 2080

Calor forte atrapalha organismo dos animais; espécie brasileira está na lista


Um grupo internacional de cientistas analisou em detalhe as chances de mais um grupo de animais -os lagartos- diante do aquecimento global, e elas não são nada animadoras. Um quinto das espécies da Terra pode sumir até 2080.

Entre os possíveis desaparecidos, caso a humanidade não diminua a emissão de gases que esquentam o planeta, está o brasileiro Liolaemus lutzae, habitante de restingas, que já está ameaçado de extinção.

É o que afirma Carlos Frederico Duarte Rocha, pesquisador da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) que é coautor do estudo na revista "Science". "Só é possível mencionar essa espécie no Brasil porque ainda temos relativamente poucos dados sobre outros lagartos no país. Mas é provável que o risco afete outras espécies de áreas costeiras e semiáridas, como a caatinga", disse Rocha à Folha.

Conforme explica o pesquisador, os lagartos, tanto os que tomam sol diariamente quanto os que vivem em ambientes fechados, não aguentam temperaturas além de certo limite. "Depois disso, entram em torpor e morrem", afirma.

No caso dos lagartos, o presente e o passado recente servem de guia para o futuro. Os cientistas se basearam em dados de temperatura e extinções locais (ou seja, o sumiço de populações de uma espécie, ainda que não da espécie inteira) compilados desde 1975.

Os principais dados vieram de 48 espécies mexicanas, mas uma dinâmica semelhante se instaurou no resto do mundo. Calcula-se que 4% das populações já sumiram com as mudanças de temperatura que já aconteceram. Mantida essa tendência, 39% delas terão sumido em 2080, correspondendo a 20% das espécies. O resultado será menos controle das populações de invertebrados, comidas por eles, e menos alimento para os predadores de lagartos, como as aves. No Brasil, o estudo teve apoio de CNPq e Faperj. (RJL)

Fonte: Folha de S.Paulo

ONU propõe que estocar gás-estufa no mar renda créditos de carbono

Países em desenvolvimento poderiam receber fundos para reduzir emissões de gases do aquecimento global protegendo seus ecossistemas marinhos, propôs Achim Steiner, chefe do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), durante conferência em Bali, Indonésia. "Florestas" de algas, manguezais e pântanos costeiros estocam naturalmente grandes quantidades de carbono, que acaba sendo liberado na forma de gases-estufa quando esses ambientes são destruídos.

Para Steiner, uma combinação de investimentos públicos e privados poderia ser usada para mudar isso. "Se eu creio que um dia veremos um mercado para estocagem de carbono com base nos oceanos? Eu diria que, a esta altura, por que não?", declarou ele.

Segundo o chefe do Pnuma, a ideia poderia se inspirar nos planos para recompensar os países pobres pela manutenção de florestas que estocam carbono. Tanto no caso das matas quanto no de ambientes marinhos, países desenvolvidos poderiam trocar verbas de conservação pelo direito de emitir cotas de gases do efeito-estufa.

Fonte: Reuters

Mecanismo de proteção de florestas terá US$ 3,5 bilhões

Representantes de países com florestas tropicais e representantes de países com dinheiro se reúnem nesta quinta-feira (11) em Paris para tentar criar um mecanismo de redução de emissões por desmatamento que possa começar já neste ano.

O chamado Irpa (Arranjo de Parceria Interino para Redd) visa capacitar países tropicais a monitorar suas florestas e a gerenciar os recursos doados pelos países ricos para redução de desmate e conservação.

O mecanismo começará com US$ 3,5 bilhões, doados por EUA, Noruega, Japão, Austrália, França e Reino Unido.

Segundo o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), que representará o Brasil no encontro, a ideia é que o Redd (nome dado a ações de redução de emissões por desmate) possa começar a funcionar mesmo na ausência de um acordo internacional de proteção ao clima.

"Fazer as coisas andarem antes de um acordo pode ajudar a derrubar o ceticismo que sobreveio à frustração generalizada com Copenhague", afirmou Minc à Folha.

O Redd era um dos capítulos mais adiantados da negociação internacional antes do fracasso da cúpula na Dinamarca.

Já era consenso, por exemplo, que o Redd terá três fases. Na primeira, países que ainda não têm metodologias nacionais de monitoramento adotarão uma --o Brasil possui uma das mais avançadas do mundo. Na segunda, serão feitos projetos em pequena escala e financiados por verba de doação.

Só numa terceira fase, a ser implementada depois de assinado novo acordo do clima, é que países ricos poderiam usar ações de Redd como "créditos" a serem abatidos de suas metas de redução de CO2.

Segundo Suzana Kahn Ribeiro, secretária nacional de Mudança Climática, o Brasil deve ajudar a capacitar outros países, transferindo de graça a tecnologia de monitoramento desenvolvida pelo Inpe.

"O monitoramento será relevante de qualquer forma", diz Thelma Krug, do Inpe, principal negociadora do Brasil em Redd. Segundo ela, independentemente de um acordo internacional, devem ser firmados acordos bilaterais e constituídos fundos na área.

Fonte: Folha de S.Paulo

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Senadores apresentam projeto para redução de emissões nos EUA

Senadores americanos apresentaram nesta quarta-feira (12) projeto de lei para a redução de emissões de carbono no país.

O projeto, de 1.000 páginas, prevê até 2020 um corte nas emissões para níveis 17% menores que os de 2005. O texto também prevê o estabelecimento de preços para emissões: grandes poluidores, como indústrias que utilizam carvão, teriam que pagar para continuar poluindo.

O projeto controverso é liderado pelos senadores John Kerry (democrata), Joseph Lieberman (independente) e Lindsey Graham (republicano). O acidente no golfo do México, porém, acirrou ainda mais os ânimos.

Graham disse que, em vista do desastre no golfo, o momento não é o melhor para levar o projeto ao Congresso. Kerry e Lieberman pensam justamente o contrário.

A reforma proposta busca conciliar diversos interesses. O objetivo de longo prazo é transferir empregos e recursos da economia baseada no carbono para uma economia menos dependente desse recurso.

A proposta permite que Estados vetem a prospecção de petróleo dentro de um raio de 121 km de suas costas. Ao mesmo tempo, permite que esses Estados obtenham 37,5% das receitas federais originárias da atividade (hoje, royalties de petróleo vão direto para o Tesouro, sem passar pelos Estados).

Empresas de energia com baixo uso de carbono (nuclear, gás natural, eólica, solar) mostram grande interesse na aprovação do projeto e têm feito lobby no Congresso americano. Mas os diferentes interesses ameaçados pela legislação podem travar a votação.

O apoio do presidente Barack Obama é fundamental. O presidente mostrou-se positivo e disposto a aprovar o projeto ainda neste ano. "Por muito tempo, Washington empurrou esse desafio para as próximas gerações. Agora o status quo não é mais aceitável para os americanos", disse.

Fonte: FolhaOnline

União Europeia desiste de acordo vinculante do clima em Cancún

A União Europeia não buscará um acordo legalmente vinculante contra emissões de carbono neste ano, disse a comissária europeia do Clima, Connie Hedegaard. A dinamarquesa afirmou que a UE se concentrará em obter acordo sobre itens específicos, deixando o tratado com peso de lei para 2011.

Segundo Hedegaard, a estratégia tem como objetivo evitar que a próxima conferência do clima, que acontece em dezembro em Cancún, México, caia "refém" do impasse sobre como forjar um acordo vinculante.

"O que eu vi desde Copenhague não indica que exista uma mudança de posição dos EUA e da China. Então, basicamente, temos de fazer uma escolha: queremos que Cancún vire refém dessa discussão que não avança sobre o formato legal?"

Hedegaard, ex-ministra do Ambiente da Dinamarca, presidiu a fracassada cúpula de Copenhague, em dezembro passado.

Ela disse que é provável que Cancún possa obter acordo em vários pontos importantes, como florestas e adaptação dos países pobres às mudanças climáticas.

"Por que nós não produzimos então decisões específicas em várias áreas importantes em Cancún? E, talvez, se pudermos fechar acordo sobre essas questões, fique mais fácil chegar a acordo sobre a forma legal", continuou. "O que não é muito fácil de ver é como o mundo poderia, nos próximos cinco meses, concordar sobre a futura forma legalmente vinculante."

Fonte: Associated Press

quarta-feira, 12 de maio de 2010

ONG faz coleta de cabelo para limpeza de praias no Golfo do México

Salões de cabeleireiro e fazendeiros do mundo inteiro estão recolhendo cabelo e pelos de animais para auxiliar a operação de limpeza do petróleo que, há vários dias, vaza de um poço danificado no Golfo do México.

A ideia é que o cabelo, colocado dentro de meias de náilon, absorva o óleo espesso que se aproxima das praias dos Estados vizinhos ao local do vazamento - Louisiana, Mississippi, Alabama e Flórida. Cerca de 370 mil salões estão participando, segundo a entidade beneficente que lidera a campanha de arrecadação de cabelo, Matter of Trust.

O Brasil também está contribuindo com doações, coordenadas a partir de uma página no site de relacionamentos Facebook. Segundo a Matter of Trust, sediada em San Francisco, na Califórnia, por volta de 200 mil quilos de cabelo e pelos estão chegando todos os dias.

Dejetos de animais são usados para produção de energia

Ouvi dizer que esterco de vaca pode ser usado para produção de energia, mas fezes humanas não. Por quê?

O assunto tem sido tema de pesquisas e projetos experimentais. Porém, com a tecnologia atual, essa forma custa muitas vezes mais que os combustíveis tradicionais.

Um projeto apoiado pela Nasa explorou o uso de fezes humanas para fornecer a astronautas energia elétrica através de um tipo de célula microbial. A maioria dos projetos, incluindo uma instalação que fornece luz de gás em Sheffield, Inglaterra, depende da extração de gás dos dejetos.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Escada com iluminação inteligente economiza energia

Uma escada desenvolvida pela companhia alemã Interactive Furniture e revelada na semana passada traz uma solução curiosa para quem costuma se movimentar na penumbra.

Equipada com iluminação LED e sensores de movimento, a escada faz com que os degraus se iluminem de forma sequencial durante o trajeto percorrido por quem a utiliza. Além do aspecto futurista, a empresa sugere que o apetrecho também economiza energia.

Mundo falhou em frear extinções, diz análise

O mundo está para perder outro prazo. Em 2010, deveria ter havido uma "redução significativa" da velocidade com a qual as formas de vida estão desaparecendo. Tanto a Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU, de 2000, demandam isso. Mas a maior análise da biodiversidade global já feita descobriu que não é isso o que está acontecendo -- apesar daqueles que parecem ser esforços governamentais maciços.

Segundo ONU, perda de biodiversidade já ameaça economia

A destruição de ecossistemas da Terra deve começar a afetar economias de vários países nos próximos anos, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta segunda-feira.

O Terceiro Panorama Global de Biodiversidade (Global Biodiversity Outlook ou GBO-3, na sigla em inglês) afirma que vários ecossistemas podem estar próximos de sofrer mudanças irreversíveis, tornando-se cada vez menos úteis à humanidade.

Entre estas mudanças, segundo o relatório da ONU estariam o desaparecimento rápido de florestas, a proliferação de algas em rios e a morte generalizada de corais.

China tem responsabilidade comum na luta contra mudança climática

A China adere ao princípio de "responsabilidades comuns mas diferenciadas" na luta contra a mudança climática para conseguir um desenvolvimento equitativo global, afirmou Xie Zhenhua, vice-ministro encarregado da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China.

Xie fez estas declarações durante a Conferência Cooperativa Internacional sobre Economia Verde e Mudança Climática realizado durante estes dias em Pequim, com o nome de "Baixas emissões, novas energias e desenvolvimento sustentável".

Ecoturismo no Paraná

Direto da Adventure Sports Fair (SP) - Com belezas naturais pouco vistas, o Paraná tem despontado no cenário de ecoturismo e turismo de aventura com um grande potencial. A região conta, além dos locais tradicionais, como as Cataratas do Iguaçu e Ilha do Mel, com municípios com alto grau de exploração do segmento, como os Campos Gerais e Prudentópolis.

Na Adventure Sports Fair, o Estado trouxe como carro-chefe para o público toda a parte litorânea da região e os Campos Gerais, que conta com a Rota do Tropeirismo (caminho feito antigamente para ir a São Paulo) e o Cânion do Guartelá.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Desenho e tecnologia a serviço da preservação


A pitangueira, árvore originária do Brasil, onde se espalha do Nordeste até o Rio Grande do Sul, cedeu seu nome à residência projetada por Tânia Regina Parma e Newton Massafumi Yamato, da Gesto Arquitetura. Localizada em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo, a Casa Pitangueiras apresenta uma “arquitetura contemporânea brasileira com valores sustentáveis”, nas palavras da arquiteta. “É fundamental a preocupação com o meio ambiente se quiser constituir essa linguagem”, afirma.

Segundo a HP, plástico substituirá o LCD em 1 década

A HP é a maior fabricante de PCs do mundo e só em 2009 confeccionou 65 milhões de PCs para vendas mundo afora. Todos eles com display feitos de vidro.

Agora, no entanto, testes feitos no laboratório de pesquisas da companhia, nos Estados Unidos, avaliam o uso de filmes plástico para substituir derivados de vidro em displays de computadores, TVs e monitores.

A justificativa é que a evolução da tecnologia de manipulação de plástico permitirá criar películas capazes de se iluminar consumindo menos energia dos dispositivos e oferecer melhor qualidade de imagem do que os atuais painéis a base de quartzo ou cristal líquido.

Mais do que isso, o display de plástico teria um custo de produção até 40 vezes menor que o custo de fabricar um display de cristal líquido ou vidro.

Segundo as previsões do laboratório da HP, em dez anos monitores feitos com derivados de vidro parecerão tão ultrapassados quanto as TVs de tubo (CRT ou raios catódicos) parecem hoje.

Fonte: InfoAbril

Lições de sustentabilidade

Trabalho com lixo eletrônico e pesquisa de campo para avaliar a eficácia da coleta seletiva estão entre as novidades na educação ambiental promovida pelas escolas


Foi-se o tempo em que as ações de educação ambiental nas escolas limitavam-se à instalação de cestos coloridos para separação de lixo. Coleta seletiva agora é o mínimo.

A preocupação com o meio ambiente está hoje presente até nas aulas de matemática, em gráficos que mostram a quantidade de material reciclável arrecadado, por exemplo. Na Castanheiras (Tamboré, Grande SP) e no Equipe (zona oeste), os professores de ciências propuseram uma pesquisa de campo. Os alunos analisaram as lixeiras das escolas e viram que o descarte nem sempre era feito no cesto correto.

A partir disso, criaram campanhas de conscientização. "Não basta ter latas para resíduos recicláveis se as pessoas não sabem como jogar o lixo lá", diz Edward Zvingila, professor da Castanheiras.

Outro objetivo das escolas é fazer com que os estudantes levem o que aprenderam para os pais. Mas nem sempre é fácil mudar os hábitos dos adultos.

Condomínio verde em Florianópolis

Um condomínio verde chega a Ponto do Cedro, em Florianópolis, novo empreendimento imobiliário da renomada incorporadora Kara José. Em uma área de 500 m² e cinco praias exclusivas, o projeto criado pelo arquiteto Arthur Casas tem ao todo 70 casas e o hotel 16 suítes, implantadas visando à máxima integração com a natureza e a preservação da mata nativa. As casas terão linhas retas, telhado verde, energia solar, reaproveitamento de água e energia eólica. Mais informações no site: www.villadocedro.com.br.

domingo, 9 de maio de 2010

Telhados em Nova York aderem à 'agricultura urbana'

Andrew Cote sobe com presteza a escada de incêndio de um prédio de East Village: no telhado estão 250 colmeias das quais se ocupa este professor de literatura japonesa, que é também agricultor urbano - uma atividade em plena expansão em Nova York.

O presidente da Associação de Apicultores de Nova York tem com o que se alegrar: após 11 anos de proibição (a infração era passível de multa de 2.000 dólares), a cidade acaba de autorizar a criação de abelhas e os criadores começam a sair da clandestinidade.

"No momento em que a prefeitura quer plantar um milhão de árvores, nossas abelhas se encarregam da indispensável polinização; elas limpam o ar, além de produzirem um excelente mel; são 45 quilos por colmeia anualmente", diz este entusiasta.

Andrew Cote afirma receber mais e mais encomendas de instalações de colmeias nos telhados, e se prepara para ministrar um curso, neste domingo, a uma centena de aspirantes a apicultores. Pode-se vê-lo vender mel no mercado de Tompkins Square (sudeste), junto com dezenas de outros criadores que frequentam as feiras de domingo, em Union Square (sul de Manhattan) ou Chelsea (leste).

sábado, 8 de maio de 2010

Bebida alcoólica apreendida será reciclada como etanol e álcool gel no Paraná

Os milhares de litros de bebida alcoólica apreendidos pelas autoridades brasileiros vão deixar de ir pro lixo e serão agora transformados em etanol e em álcool gel. A reciclagem vale para todo tipo de bebida, como cachaça, licor, vodca e uísque.

A Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) já iniciou a produção em escala-piloto a partir de bebidas alcoólicas apreendidas pela Receita Federal no Paraná.

Com sede em Guarapuava (259 km de Curitiba), a universidade tem capacidade para processar mil litros diariamente. A Receita repassou 46 mil litros de bebidas apreendidas entre novembro de 2008 e dezembro do ano passado. A maior parte é oriunda de bebidas contrabandeadas do Paraguai.

O coordenador do projeto, professor Maico Cunha, afirma que a cada mil litros de bebidas fermentadas ou destiladas são retirados 200 litros de etanol. Na primeira fase, 500 litros de cachaça serão transformados em álcool gel, usados na própria universidade.

Flórida pode ter danos ambientais devastadores se atingida pela mancha de óleo

Cientistas alertam que se atingir a costa do Estado da Flórida, que já decretou estado de emergência, o derramamento de petróleo originado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, no golfo do México, pode causar impactos ambientais devastadores.

Um dos alvos em potencial do derramamento seriam os corais da Flórida, a única barreira de corais da América do Norte e a terceira maior em seu gênero no planeta.

Cerca de 84% dos recifes de corais dos Estados Unidos estão localizados na Flórida, Estado que abriga centenas de espécies marinhas e um local onde diversos grupos de animais marinhos se reproduzem.

"Se [a mancha] chegar aos corais, seria algo devastador", explica Larry Crowder, biólogo da Universidade Duke.

Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil

Com base principalmente em informações veiculadas por organizações engajadas na de­fesa do meio ambiente, a Fio­cruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a ONG (organização não-governamental) Fase (Federação de Órgãos para As­sistência Social e Educacional) montaram o Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil.

Inédito, o trabalho lista cer­ca de 300 locais em todo o Bra­sil em que a população e os ecossistemas são ameaçados por diversos tipos de poluição, desmatamento, usinas hidre­létricas e lavouras de monocul­tura, por exemplo. Ele pode ser consultado no site www.con­flitoambiental.icict.fio­cruz.br.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Comitê para revisar painel do clima da ONU terá brasileiro

O conselho encarregado de montar um comitê independente para revisar o trabalho do IPCC (o painel da ONU para o clima) anunciou ontem os 12 cientistas que vão compor o grupo. Entre eles, está o brasileiro Carlos Henrique de Brito Cruz, físico da Unicamp e diretor científico da Fapesp.

O líder do grupo será Harold Shapiro, economista e ex-reitor da Universidade de Princeton. Ele é especialista em bioética e foi conselheiro científico do governo dos EUA. O comitê foi montado pelo Conselho Interacademias, que reúne academias de ciências de 15 países. Há cientistas de 11 países de quatro continentes (a Oceania está fora). "A primeira reunião será na semana que vem em Amsterdã. Lá será planejado o trabalho", diz Brito Cruz.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Casa Aqua: um modelo de habitação sustentável e de baixo custo



Uma obra que equilibra soluções construtivas de baixo impacto ambiental, é barata, confortável, bonita e coerente com o entorno urbano. Basicamente é isso o que pode tornar uma construção sustentável, acessível à população de baixa renda - e certificada com o processo Aqua. Para visualizar este tipo de projeto, profissionais da construção podem ir à Ambiental Expo (Feira Internacional de Equipamentos e Soluções para o Meio Ambiente) até o dia 29 de abril no Pavilhão de Exposições Anhembi, em São Paulo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Seleção da Austrália apresenta sua camisa ecologicamente correta

Após a seleção canarinho, agora foi a vez da Austrália apresentar sua camisa ecológica para a Copa de 2010. Da mesma patrocinadora, a Nike, a camisa é produzida com plástico reciclado de garrafas PET. Cada camisa usa material equivalente a 8 garrafas. A iniciativa das camisas ecologicamente corretas representa uma economia ao planeta de mais de 200 toneladas de lixo.

Desta vez fiz questão de comprar uma camisa oficial, e gostei do que vi (e vesti). Pelo design mínimo (respeitando nossa tradição) e pelo pensamento ecológico, creio ser esta a camisa mais bacana que nossa seleção já teve (já da nova versão da camisa azul não gostei, aquelas bolinhas amarelas não ficaram legal). Palmas à Nike e a todas as seleções que aderiram ou vierem a aderir à nova ‘moda verde’, torçamos para que ela realmente pegue.

Veja o post sobre a camisa da seleção brasileira

Camisa da seleção australiana para a Copa de 2010:

Academia dos EUA gera eletricidade com pedaladas de alunos

Em uma academia de Nova York, vinte pessoas em bicicletas ergométricas pedalam furiosamente, estimuladas pelo treinador, e geram ao mesmo tempo eletricidade para o local.

“Eletrifique seu treinamento”, “Reduza sua cintura e seu índice de carbono”. No país do “fitness”, que durante muito tempo fingiu não ouvir as preocupações de ecologistas, até as academias agora querem ser “verdes”.

O mecanismo é simples. Um sistema colocado na bicicleta tranfere a corrente contínua do dínamo ativado pelos ciclistas a um transformador, que a converte em corrente alternada de 110 volts.

Graças a essa ideia, o local que abriga a academia recebe a corrente gerada por seus próprios alunos, consome menos eletricidade e economiza dinheiro.

A nova camisa da Seleção do Brasil é verde (mas ainda amarela)

Seguindo o tsunami verde, vêm a Nike e a Seleção brasileira de futebol.

Apresentada a camisa oficial da seleção para a Copa de 2010 na África do Sul, a grande novidade do lançamento é o material de que é feita a camisa, em uníssono para com a onda ecológica global crescente. Trata-se de plástico reciclado de garrafas PET. Cada camisa usa material equivalente a 8 garrafas.

Além disso, nas costuras da nova camisa da seleção, a Nike usou cola ao invés da tradicional da linha. Técnica semelhante a que vem sendo usada nos macacões dos pilotos de F1, para redução do peso.

Os novos material e técnica de costura promovem uma diminuição de 15% no peso total da camisa da seleção em relação à sua versão precedente.

Ikarus: nave espacial movida a energia solar

A Agência Espacial Japonesa se prepara para lançar uma nave não tripulada que funciona como um grande veleiro do espaço.

Usando uma tecnologia híbrida de pressão e eletricidade, ela será empurrada pelas partículas solares e também terá células para aproveitar a energia do Sol.

A Ikarus, sigla para Interplanetary Kite-craft Accelerated by Radiation of the Sun, será laçada em um foguete no Centro Espacial Tanegashimano no dia 18 de maio.

Uma vez no espaço, a cabine cilíndrica irá se separar do foguete girando até 20 vezes por minuto – o que fará com que ela abra suas “velas” de 14 metros mais finas do que um fio de cabelo.

Em uma missão de seis meses, ela irá até Vênus e, se tudo der certo, o próximo destino é Júpiter.

Mudança na química dos Oceanos

A química do oceano está mudando mais rápido do que o fez nos últimos milhares de anos por causa do dióxido de carbono absorvido da atmosfera, disse em estudo o Conselho Nacional de Pesquisa, dos EUA.
Dióxido de carbono e outros gases industriais são uma preocupação há alguns anos por causa de seu impacto no ar e aumento das temperaturas globais em um processo chamado de efeito estufa.

Um fator que amenizava esse aquecimento era a quantidade de CO2 absorvida pelos oceanos – mas isso também se tornou um problema para os cientistas porque os produtos químicos tornam a água mais ácida, o que afeta a vida marinha.

Transformação de cidades em modelos sustentáveis

Transition Tows (Cidades em Transição) é o nome do movimento idealizado pelo permaculturista inglês Rob Hopkins. E não pense que é apenas uma idéia no ar, pois mais de 8.000 iniciativas de transição já ocorrem pelo mundo.

O movimento Cidades em Transição propõe uma mudança sustentável nas cidades, baseada no fortalecimento do comércio local, na independência do petróleo e da importação dos alimentos. Rob Hopkins, um professor de universidade com muita experiência em ecovilas, desenvolveu um plano sustentável envolvendo todos os setores da sociedade – cidadãos, setores públicos e privados – incluindo também aspectos comuns à sociedade, como: economia, educação, saúde, transporte, energia e agricultura.

Aquecimento Global

Temperatura do planeta foi recorde em março

As temperaturas globais – estimuladas pelo fenômeno El Niño – alcançaram em março um nível recorde, indicou nesta quinta-feira o Instituto Oceânico e Atmosférico americano (NOAA) em um comunicado.

“Condições mais quentes que o normal dominaram a terra, especialmente no norte da África, no sul da Ásia e no Canadá”, afirmou o NOAA.

A temperatura média da superfície terrestre – que combina a da terra e a do mar – para março de 2010 foi a mais quente já registrada: 13,5 graus centígrados, o que equivale a 0,77 graus a mais que a média do século XX, 12,7 graus, indicou a instituição.

A temperatura média dos oceanos foi a mais quente para qualquer mês de março desde o início do registro, em 1880, enquanto que a temperatura global da superfície terrestre foi a quarta maior para março, garantiu o NOAA, citando uma análise do National Climate Data Center.

Acrescentou ainda que o período janeiro-março foi o mais quente registrado no planeta.

O NOAA destacou que ainda que o fenômeno do El Niño, que se caracteriza por temperaturas maiores que o normal em águas das regiões central e oriental do Pacífico tropical, “contribuiu de forma significativa para o aquecimento no cinturão tropical e na temperatura geral dos oceanos”.

Antártida contribui menos para a elevação do nível do mar

Uma nova estimativa põe o aumento máximo do nível dos oceanos, causado pelo colapso do manto de gelo da Antártida Ocidental, na marca de 3,2 metros e não mais de 5 metros, como se acreditava.

A pesquisa mais recente indica que essa enorme camada de gelo não deve desaparecer completamente, provocando danos menores ao degelar. O glaciologista Jonathan Bamber, da University of Bristol, na Inglaterra, e seus colegas fizeram um modelo do colapso do manto de gelo com base na possibilidade de uma determinada seção desaparecer completamente.

O trabalho sugere que somente irão desmoronar partes do manto de gelo que estão abaixo do nível do mar ou em encostas descendentes. Permanecerão no lugar as partes do manto localizadas acima do nível do mar ou em leitos rochosos inclinados para cima.

Se essa teoria se confirmar, o aumento máximo do nível do mar, no próximo século, seria de aproximadamente 81 centímetros, relataram os pesquisadores na Science.

Esses resultados não se referem ao desaparecimento de camadas de gelo em outros locais. A geleira Chacaltaya, na Bolívia, por exemplo, já derreteu completamente. E a Groenlândia, que contem gelo suficiente para elevar o nível do mar em 7 metros, está encolhendo. Mudanças podem ocorrer rapidamente. Corais fósseis e outros registros mostram elevações históricas no nível do mar de mais de 2 metros em apenas 50 anos.

Na Antártida Ocidental, o aquecimento mais rápido que o restante do continente e os efeitos gravitacionais provocados pelo desequilíbrio nas quantidades de gelo, que podem provocar mudanças na rotação da Terra, elevariam o nível do mar de São Paulo a Maceió em até uns 7 metros ─ os habitantes do litoral devem se preparar para um futuro bem pouco promissor.

Fontes: AFP e American Scientific

Nível do mar na costa do Brasil aumenta 4 mm por ano

Segundo dados coletados em portos ao longo da costa brasileira, o nível do mar está aumentando no Brasil cerca de 40 centímetros (cm) por século, ou 4 milímetros (mm) por ano (mm/ano). A constatação é do Laboratório de Marés e Processos Temporais Oceânicos (Maptolab) do Instituto Oceanográfico (IO) da USP (Universidade de São Paulo), que investiga as variações no nível do mar no litoral brasileiro a partir de séries de medições que começaram em 1980.

As análises dos dados são feitas por médias de variações diárias, médias sazonais e médias anuais do nível do mar, que permitem estimar a variação local de longo prazo.

O professor Afranio Rubens de Mesquita, pesquisador do Maptolab, explica que as medições de nível do mar dependem de um conjunto de variáveis tais como: a variação do volume de água doce presente no mar decorrente do degelo; a variação da salinidade da água; a variação de temperatura decorrente do aquecimento global; a variação vertical da crosta em relação ao centro da Terra; a variação devido aos ventos e outros fenômenos atmosféricos; a variação oceanográfica decorrente das ondas e correntes oceânicas; a variação astronômica, devido ao Sol e a Lua (marés) e o posicionamento das órbitas dos planetas (causador das Glaciações) em relação à Terra, entre outras variáveis.

As medições do nível do mar da Costa Brasileira são feitas em estações permanentes distribuídas ao longo da costa por diferentes instituições: Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), Diretoria e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o IO, que realiza, além das medições permanentes nas estações de Cananeia e de Ubatuba, no litoral Sul do Estado de São Paulo, medições de caráter não permanente em oceano profundo, ao longo da plataforma continental.

As medições feitas pela equipe do professor Mesquita na região de Cananeia, e publicadas em 2009, mostram um movimento de afundamento vertical da crosta na ordem de 0,11 cm por ano. Isso faz com que o nível do mar suba em relação à crosta a 0,38 cm por ano. “A variação de 0,38 cm por ano é preocupante e ameaça as praias, talvez, de toda a costa brasileira”, explica o pesquisador.

Outras séries de medições de nível do mar ao longo do litoral brasileiro indicam a mesma tendência de elevação de uma média de 40 cm por século, ou 4 mm por ano, que é mais evidente a partir dos anos de 1960.

Sessão Capricórnio

O professor enumera várias dificuldades para se fazer essas medições em caráter global. Uma delas são as poucas estações de medições que há no hemisfério sul e os poucos recursos financeiros, que não permitem que medições de salinidade e de variação da temperatura da água sejam feitas ao longo da profundidade oceânica. Com essas medições seria possível estimar a razão com que, na atualidade, se dá a incorporação de água doce na região decorrente do degelo polar.

Para isso, o professor explica que é necessária a medição anual, durante um período mínimo de dez anos, na chamada Sessão Capricórnio, que é um conjunto de estações oceanográficas ao longo de uma radial oceânica (a partir de Santos até 500 quilômetros fora da costa), que permite a realização de medições ao longo da profundidade dos oceanos durante os dez anos do programa. “Não há dinheiro para que façamos essas medições todo ano e de forma contínua. Nossos pedidos de recursos junto a órgãos financiadores são constantemente negados, e isso atrasa o andamento e a qualidade das nossas medições e pesquisas sobre as variações do mar”, lamenta o professor.

“Estas medições profundas em mar aberto são mais limpas, livres de interferências geradas pelas correntes de marés junto à costa. Em comparação com medições feitas na costa, elas permitem o estudo mais acurado das componentes periódicas de natureza ‘astronômica’, que são ainda um grande enigma da Física nos dias de hoje”, explica o pesquisador.

Fonte: Agência Usp de Notícias

Brasil encabeça lista de desmatamento

A superfície florestal diminuiu 3,1% entre 2000 e 2005 no mundo, segundo um estudo baseado em observações por satélites publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, estimando que o Brasil foi o país que sofreu a maior redução de suas matas.

No total, a perda foi de 1.011.000 km2 de 2000 a 2005, o que representa 0,6% por ano. A superfície florestal mundial era de 32.688.000 km2 no início do estudo.

Por país, o Brasil, segundo em quantidade de área florestal (4,6 milhões de km2), atrás apenas da Federação Russa (5,12 milhões de km2), sofreu a maior redução de suas matas no período, 165 mil km2 (3,6% do total).

Já o Canadá, com uma superfície florestal de 3 milhões de km2, ficou em segundo, com perdas de 160 mil km2, que representam 5,2% do total.

A perda bruta de superfície florestal é definida nesta pesquisa como produto de causas naturais, como incêndios provocados por raios, e atividades humanas.

Estimativas precisas são consideradas indispensáveis nos esforços de contabilização das emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa, e para elaborar modelos climáticos, explicaram os autores da pesquisa, divulgada pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).

Por região, as matas boreais, que se situam no Ártico e representam 26,7% da superfície florestal do planeta – a segunda mais importante – registraram a maior redução deste período em cinco anos (4%), dois terços dos quais se deveram a incêndios de origem natural, afirmaram cientistas das Universidades de Dakota do Sul (norte) e do Estado de Nova York (nordeste).

As matas tropicais úmidas, que cobrem 11,5 milhões de km2 e representam a maior superfície florestal da Terra, perderam 2,4% de sua superfície, o que equivale a 27% da perda total.

As florestas tropicais em zona seca – 7,13 milhões de km2, ou 21,8% das superfícies de mata do mundo – diminuíram 2,9% de 2000 a 2005, o que representou 20,2% das perdas florestais totais.

Já as matas das zonas temperadas – 5,2 milhões de km2 – ou 16,1% do total mundial em 2000, perderam 3,5% de sua superfície, 18,2% do total do planeta neste período.

Por continente, a América do Norte – com uma superfície florestal de 5,8 milhões de km2 em 2000 – sofreu a maior privação no período (5,1%, 295 mil km2), ou 29,2% da perda mundial.

Ásia e América do Sul perderam duas vezes menos em comparação com sua superfície de mata, 2,8% e 2,7%, respectivamente. Estes decréscimos representaram 23,7% e 22,6% do total entre 2000 e 2005.

Fonte:FolhaOnline

Superfície florestal mundial diminuiu 3,1% de 2000 a 2005

A superfície florestal diminuiu 3,1% entre 2000 e 2005 no mundo, com as matas boreais representando um terço desta perda, seguidas pela zonas florestais tropicais úmidas, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira, baseado em observações por satélites.

A perda bruta de superfície florestal é definida nesta investigação como produto de causas naturais, como incêndios provocados por raios, e atividades humanas.

Estimativas precisas são indispensáveis nos esforços de contabilização das emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa, e para elaborar modelos climáticos, explicaram os autores da pesquisa, divulgada pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

No total, a perda foi de 1.011.000 km2 de 2000 a 2005, o que representa 0,6% por ano. A superfície florestal mundial era de 32.688.000 km2 no início do estudo.

As matas boreais, que se situam no Ártico e representam 26,7% da superfície florestal do planeta – a segunda mais importante – registraram a maior redução deste período em cinco anos (4%), dois terços dos quais se deveram a incêndios de origem natural, afirmaram os investigadores da Universidades de Dakota do Sul (norte) e do Estado de Nova York (nordeste).

As matas tropicais úmidas, que cobrem 11,5 milhões de km2 e representam a maior superfície florestal da Terra, perderam 2,4% de sua superfície, o que equivale a 27% da perda total.

As florestas tropicais em zona seca – 7,13 milhões de km2, ou 21,8% das superfícies de mata do mundo – diminuíram 2,9% de 2000 a 2005, o que representou 20,2% das perdas florestais totais.

Já as matas das zonas temperadas – 5,2 milhões de km2 – ou 16,1% do total mundial em 2000, perderam 3,5% de sua superfície, 18,2% do total do planeta neste período.

Fonte: France Presse

Mesmo com mais veículos, emissão de monóxido de carbono cai no Brasil

O nível de CO (monóxido de carbono) caiu nos últimos 18 anos, apesar do aumento da frota de veículos no país, segundo dados do 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, divulgado nesta quinta-feira (25) no Rio de Janeiro.

O estudo de qualidade do ar aponta que em 1992 foram registradas 5,5 milhões de toneladas de CO, o pico da série analisada a partir da década de 80, e em 2009 o índice ficou entre 1,5 e 2 milhões de toneladas do gás poluente.

Poluição atmosférica por veículos no Brasil, segundo inventário nacional

“O CO passou a cair a partir de 1992 devido às regras que estabelecem limites de emissões de gases poluentes por veículos de passeio do Proconve (Programa de Controle da Poluição por Veículos).

Todos os automóveis novos têm que atender essas normas, caso contrário eles não recebem licença do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis) e não têm autorização para sair da fábrica”, disse o gerente de qualidade do ar do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf Noronha.
O especialista afirmou também que a emissão de CO para carros fabricados era em média de 58 gramas por quilômetro na década de 80, antes da criação do Proconve, em 1986. Atualmente, a média de emissão de CO para automóveis fabricados é de 0,5 gramas por quilômetros.

Mais rigor 

“A partir de 2013 entra em vigor a nova meta de 0,2 gramas por quilômetros. Isso vai reduzir ainda mais a emissão de CO”, disse Noronha.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, dentre as frotas de veículos, as de automóveis continuam sendo as mais poluentes –devido ao seu número, já que individualmente as motos poluem mais. Já entre os combustíveis, a gasolina causa mais impacto.

A pesquisa mostra que na década de 80 existiam 7,5 milhões de carros e em 2008 esse número subiu para 21,1 milhões. O último registro apontou ainda que existiam 36 milhões de veículos (ônibus, caminhões, veículos comerciais, motocicletas e automóveis) em 2008.

“Chama a atenção que um veículo bem regulado evita três buracos: um no clima, um no pulmão e um no bolso. Por isso, a gente vai fazer uma propaganda massiva para incentivar o cidadão a exercer esse consumo consciente”, disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Motos 

Outro dado que chamou a atenção foi o aumento de motocicletas no país, que passou de cerca de 270 mil (1980) para 9,2 milhões, em 2008. Segundo o estudo, apenas 2% do total de motos registradas no ano retrasado são flex — que usa tanto álcool quanto gasolina.

“Uma moto emite uma quantidade de CO equivalente a três carros. Ainda não há normas para motos, mas a tendência é que todos os novos modelos sejam flex”, disse Noronha.

Na tentativa de se controlar a poluição causada pelas motos, foi criado o Promot (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares) na década de 90, que tem metas de redução das emissões baseadas nas diretivas adotadas pela União Européia. Os resultados devem começar a ser sentidos apenas em 2020, segundo o ministério.

“Se eu desse uma previsão desse estudo, do tamanho atual da frota de motocicletas, seguramente nós teríamos que começar o Promot mais atrás. A gente começou tendo um pico de emissões muito significativas e uma redução mais forte só vamos ter mesmo em 2020. O Promot começou 20 anos depois do Proconve e vejam vocês quanto tempo a gente deixou crescer a frota de motos para descobrir que também tinha que ter controle desse transporte”, disse Minc.

Aumento de CO2

A pesquisa mostrou ainda que o CO2 (dióxido de carbono), apontado como gás de efeito estufa, aumentou de 60 milhões de toneladas na década de 80 para 140 milhões de toneladas em 2008. Para Minc, apenas investimentos na rede de transporte público e políticas de biocombustível podem reduzir a emissão de CO2.

“Se você não tiver muitas alternativas de trem e de hidrovia, de transporte público, o simples aumento do biodiesel ao diesel, apesar de ajudar muito, não resolve. Tem que combinar uma mudança de peso dos modais na participação tanto do transporte de passageiro como de transporte de carga”, disse o ministro.

O Inventário Nacional apresentou no estudo as emissões dos poluentes regulamentados pelo Proconve: CO (monóxido de carbono), Nox (óxidos de nitrogênio), NMHC (hidrocarbonetos não-metano), RHCO (aldeídos), MP (material particulado) e emissões evaporativas, além de gases do efeito estufa, como CO2 (dióxido de carbono) e CH4 (metano).

Fonte:FolhaOnline


Governo divulga lista dos veículos mais poluidores vendidos no país

O Ministério do Meio Ambiente divulgou nesta terça-feira uma lista que pontua os veículos vendidos no Brasil de acordo com o grau de emissão de gases poluentes. Os 402 carros –todos produzidos em 2009– receberam pontuação de uma a cinco estrelas, em que quanto menor a poluição maior a quantidade de estrelas. De acordo com o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), o objetivo é informar o consumidor, para que ele possa fazer uma escolha consciente.

“Veículos com melhores notas são mais econômicos e o consumidor gasta menos. Ele vai estar poluindo menos, emitindo menos CO2, ou seja, contribuindo menos para o aquecimento do planeta e também gastando menos combustível, fazendo bem para o bolso”, afirmou.

Os piores 

Pela lista, apenas 22 carros receberam cinco estrelas, todos eles carros flex e com motor de até 1.8 cilindradas. Na outra ponta da tabela, 20 carros receberam apenas uma estrela: todos carros a gasolina e potentes, com motor acima de 2.0 cilindradas.
Entre os menos pontuados estão 10 carros da Citroën, entre eles o Xsara Picaso GXA 2.0 e o C4 2.0. Outros cinco carros são da Peugeot, todos do modelo 407 com motor 2.0.
Completam a lista três carros da Mitsubishi, entre eles o Pajero HPE 3.8. A Volkswagen tem dois modelos do Jetta 2.5 entre os que receberam uma estrela.

Menos poluidores 

Entre os carros que receberam cinco estrelas –todos flex– sete são da General Motors, sendo seis modelos diferentes do Celta 1.0 e 1.4 e o Prisma 1.0. A Fiat tem seis modelos no topo da lista, entre eles o Idea, Palio, Siena e Stilo, todos 1.8.
A Volkswagen teve cinco carros entre os mais bem pontuados, todos modelos do Fox e do Spacefox 1.6. A Citroën tem três C3 1.4 com cinco estrelas e o Ford KA 1.0 completa a lista.

Critério 

A pontuação estabelecida pelo ministério é dividida em duas partes: três estrelas representam o nível de poluição relativo ao monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Das duas restantes, uma é dada para carros com baixa emissão de CO2 no escape e, a última, apenas para carros flex ou a álcool.
Ou seja, pelo critério, nenhum carro a gasolina pode receber cinco estrelas.

De acordo com o ministro Minc, o critério de pontuação da lista divulgada hoje é mais rigoroso do que lista semelhante divulgada em setembro.

Veja, abaixo, os dez veículos mais poluidores, de acordo com o Ministério:
  • VW JETTA VARIANT 2.5 (CCC) GASOLINA
  • VW JETTA 2.5 (CCC) GASOLINA
  • PSA/PEUGEOT 407 SSD A 2.0 2.0 L GASOLINA
  • PSA/PEUGEOT 407 SW 2.0 2.0 L GASOLINA
  • PSA/PEUGEOT 407 2.0 2.0 L GASOLINA
  • PSA/PEUGEOT 407SW20SA ALL 2.0 L GASOLINA
  • PSA/PEUGEOT 407SD20SA ALL 2.0 L GASOLINA
  • PSA/CITROËN PICASSO 20CONF A 2.0 L GASOLINA
  • PSA/CITROËN PICASSO II 20GLXA 2.0 L GASOLINA
  • PSA/CITROËN PICASSO II 20EXCA 2.0 L GASOLINA
  • PSA/CITROËN XSARA PICASSO EXA 2.0 L GASOLINA
Fonte:FolhaOnline

Vasos sanitários a vácuo economizam 30% de água

O sistema a vácuo de esgotamento sanitário, utilizado em aeronaves e plataformas de petróleo, consome cerca de 1,2 litro de água a cada acionamento, gerando uma economia na conta de água de cerca de 30%, segundo tese de mestrado apresentada na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP (Universidade de São Paulo). Sua utilização também produz menos esgoto, porém os custos elevados do sistema ainda tornam a solução inviável para residências.

O arquiteto Anabi Resende Filho, autor do mestrado “Esgotamento sanitário a vácuo: descrição e avaliação econômica”, analisou esse e outros três sistemas de racionalização de uso da água, verificando as vantagens e desvantagens econômicas de cada um deles.

“O sistema a vácuo é o mais econômico entre os sistemas analisados, no geral. Ele é mais indicado em edifícios de perfil vertical de elevação e/ou de grande afluxo de pessoas (aeroportos, shoppings, etc.) e é o único que reduz o uso de água limpa”, avalia Resende.

O pesquisador conta que o sistema a vácuo funciona com uma tubulação com pressão menor que a do ambiente externo (do vaso sanitário). “No momento do acionamento da descarga, o ar do meio externo invade a tubulação a fim de igualar as pressões dos dois ambientes”, explica Resende. Essa diferença de pressão gera uma entrada de 80 litros de ar para dentro da tubulação a uma velocidade acima de 600 quilômetros por hora (km/h), carregando os dejetos. O 1,2 litro de água é usado apenas para a limpeza do vaso.

Além do sistema a vácuo, o pesquisador analisou os sistemas gravitacional (o tradicionalmente utilizado no Brasil), o sistema de reuso de água e o de aproveitamento de águas pluviais. Os dois últimos exigem duplicação da tubulação do edifício, por usarem, respectivamente, águas servidas (já usadas) e águas de chuva captada pelo telhado das edificações (por isso mais aplicável em edifícios de perfil horizontal de elevação).

Segundo Rezende, a descarga dos vasos sanitários tradicionais consome entre 6,8 e 12 litros de água a cada acionamento. Isso representa, em média, 38% do consumo total de água de uma residência ou de um edifício comercial.

Estudo de caso

O pesquisador realizou também um estudo de caso no edifício-sede da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), em Brasília, onde foi realizada a troca do sistema de esgotamento tradicional pelo sistema a vácuo em janeiro de 2008.

Após a implantação, houve uma redução na conta de água de 31,27% e um aumento no consumo de energia elétrica de 2,7% (pelo uso da bomba de ar para produzir vácuo na tubulação). A economia foi de aproximadamente R$4.000,00 por mês, para atender cerca de 220 usuários. Na conta de luz não houve acréscimo financeiro, devido ao tipo de tarifa contratado.
Desvantagens

Dentre as desvantagens do uso do sistema a vácuo está a geração de ruídos operacionais altos, afetando a privacidade do usuário e, até, contribuindo para distúrbios auditivos, pelo fato de alguns sistemas existentes no mercado ultrapassarem, em muito, o nível de decibéis recomendados pela Organização Mundial de Saúde.

Outra desvantagem é o preço, não sendo viável sua instalação em residências, no momento. Na SOF, o custo de instalação foi de cerca de R$380 mil, para 65 vasos sanitários. “O sistema a vácuo é tanto mais econômico quanto maior for o consumo de água em descargas sanitárias de vasos e mictórios”, esclarece Resende.

Nos últimos anos, a Petrobrás tem sido a maior compradora brasileira desses sistemas, para uso em suas plataformas, que não podem ter reservatórios de água para uso sanitário. Mas sua utilização deve ser considerada em outros casos, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo, onde há riscos de falta de água num futuro próximo e se despeja muito esgoto nos rios. “Os problemas de São Paulo podem acelerar a difusão do sistema a vácuo no Brasil, inclusive sua gradativa nacionalização, já que ele é totalmente importado, principalmente dos países nórdicos”, destaca o pesquisador.


Fonte: Uol Ciência

Brasil tem 300 casos graves de problemas ambientais

O Brasil tem pelo menos 300 casos graves de problemas ambientais e o Estado de São Paulo concentra 30 deles. É o que mostra levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), que será apresentado na Assembleia Legislativa de São Paulo na próxima semana. O trabalho, chamado de Mapa da Injustiça Ambiental e de Saúde no Brasil, está disponível para consulta na internet (conflitoambiental.icict.fiocruz.br). Ele aborda casos como os de contaminação na Vila Carioca e em Jurubatuba, na capital paulista, e situações do interior e do litoral.

“É em São Paulo onde aparecem mais conflitos. É o Estado mais populoso e mais industrial, além de ter o passivo ambiental mais conhecido, com entidades ambientais atuantes”, afirma Marcelo Firpo, coordenador do projeto e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).

Segundo Firpo, o objetivo do mapa é “dar maior visibilidade às lutas por melhor qualidade de vida e por um ambiente mais saudável”. Ele admite que o universo levantado num período de um ano e meio de trabalho não esgota as inúmeras situações de contaminação existentes no país. “Mas reflete uma parcela importante de casos”, diz.

Fonte: O Estado de S. Paulo

França e Espanha lideram plano europeu de energia limpa

A União Europeia (UE) precisará investir 52 bilhões de euros ao ano (US$ 70 bilhões) até 2020 em energias limpas, cujo desenvolvimento Espanha e França foram convocadas a liderar, revela um relatório que é publicado nesta terça-feira (13), em Bruxelas, Bélgica.

As energias solar e eólica serão os principais substitutos do petróleo, gás e carvão até 2050, indica o informe, elaborado pela Fundação Europeia para o Clima, que será entregue à Comissão Europeia.

Em suas previsões, a fundação estima que a Espanha reafirmará o papel de principal produtor europeu de energia solar, além de servir de território de trânsito para a produção do norte da África com destino ao norte da Europa.

A França, por sua vez, deverá se encarregar da produção de boa parte da energia eólica da UE e, devido à sua localização geográfica central, vai fazer as conexões entre a eletricidade produzida na Espanha e no Reino Unido, rumo ao norte e ao leste do continente.

A rede existente entre Espanha e França tem atualmente capacidade de 1 GW e, segundo o estudo, deverá chegar a 47 GW em 2050.

Os investimentos chegarão a 52 bilhões de euros anuais, ou seja, 2,5% do valor total dos gastos anuais da UE, acrescenta o documento.

A UE se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 80% até 2050 e fixou um objetivo triplo para 2020: reduzir em 20% suas emissões com relação a 1990, elevar para 20% o peso das energias renováveis no consumo de energia e efetuar uma economia energética também de 20%.

Fonte: France Presse

Pista de dança transforma energia em eletricidade

Um festival de música eletrônica em Madri usou pela primeira vez uma pista de dança sustentável, que captura a energia liberada pelos movimentos do público e a transforma em eletricidade. A energia produzida é usada na iluminação da pista de dança que tem um medidor de potência que anima aos clientes a dançar cada vez mais, até alcançar o nível máximo. A técnica é uma aliada do meio ambiente já que diminui o consumo de energia elétrica do estabelecimento.

Veja mais sobre a tecnologia: www.sustainabledanceclub.com

LG investirá US$ 17,9 bilhões até 2020 para desenvolver negócios sustentáveis

A LG investirá 20 trilhões de wons (US$ 17,9 bilhões) até 2020 para desenvolver negócios sustentáveis e reduzir as emissões em 40% ante os níveis atingidos em 2009, informou o grupo sul coreano nesta segunda-feira.

O quinto maior grupo em ativos na Coreia do Sul, liderado por LG Electronics, LG Display e LG Chem, dividirá os investimentos em pesquisa ambiental e desenvolvimento de ferramentas para eliminar 50 milhões de toneladas anuais em emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020, segundo comunicado.
Os investimentos buscam expandir a fabricação de produtos eficientes em energia e negócios em energia renovável, como células de combustível e baterias recarregáveis para veículos elétricos, elevando as vendas provenientes desses setores a 10% da receita total do grupo em 2020.

A Samsung Electronics, por sua vez, informou que investirá 5,4 trilhões de wons em pesquisa ambiental e desenvolvimento de ferramentas para tranformar a maior fabricante de chips de memória do mundo em uma das principais empresas sustentáveis até 2013.

Fonte: Reuters

Projeto mapeia impactos de mudanças climáticas no Rio e em São Paulo

NEPO AVALIA VULNERABILIDADE DE METRÓPOLES EM TRABALHO FEITO EM PARCERIA COM INPE

Um projeto do Núcleo de Estudos da População (Nepo) da Unicamp, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), está identificando nas duas maiores metrópoles brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, os lugares mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. Relatório preliminar apresentado no Workshop do Painel Internacional sobre Megacidades, Vulnerabilidade e Mudança Climática Global, realizado nas duas cidades nos dias 26 e 27 de novembro, apontou que o ponto mais crítico no Rio de Janeiro está nas lagoas Rodrigo de Freitas e nas Baías de Guanabara e de Sepetiba, ao passo que em São Paulo está na ocupação do leito dos rios Tietê e Pinheiros.

Os estudos são coordenados na Unicamp pelo professor Daniel Hogan, responsável pela Área de População e Ambiente, e no Inpe pelo professor Carlos Nobre. Tal atividade mantém vínculo com a Rede Clima, criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em 2007, e tem no total dez sub-redes, entre as quais a denominada “Cidades”. A primeira reunião da rede aconteceu no mês passado no Nepo e teve a participação de cerca de 20 pessoas e de representantes de uma dezena de instituições do país.

O aumento da temperatura, constatado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), já começa a dar mostras de que está afetando o Rio de Janeiro. Segundo especialistas, por si esta elevação não seria tão impactante não fosse a sua associação com os eventos de chuva mais intensos e que podem alcançar em cheio as partes mais baixas da cidade. Trata-se de uma situação caótica e já com diversos eventos decorrentes das mudanças naturais. Com o aquecimento global, as mudanças tendem a se intensificar. “Os governos do Rio de Janeiro e de São Paulo não estão preparados para enfrentá-las em curto prazo”, declara a arquiteta e urbanista Andrea Young, autora principal do relatório e pesquisadora do Nepo.

Mais informações: www.unicamp.br

Fonte:  Scientific American Brasil

Para a ONU, acordo climático global é impossível em 2010

O mundo não definirá um acordo climático final este ano, disse neste domingo (11) Yvo de Boer, chefe do clima da ONU, afirmando que o foco deveriam ser medidas práticas para ajudar os pobres e salvar as florestas.

De Boer falava nos bastidores do primeiro encontro da ONU desde que a cúpula de Copenhague em dezembro fracassou na aprovação do acordo desejado por muitos países.

Os negociadores do encontro dos dias 9 a 11 de abril em Bonn têm lutado para encontrar uma fórmula para reavivar as negociações de um pacto de combate ao aquecimento global e acertar um cronograma antes do próximo encontro anual ministerial em Cancún, no México, em novembro e dezembro.

“Não acho que Cancún irá nos dar um resultado definitivo”, disse De Boer, que em julho deixa o secretariado de mudança global da ONU após quase quatro anos.

“Acho que Cancún pode obter uma arquitetura operacional, mas fazer disso um tratado, se essa for a decisão, vai exigir mais tempo do que a cúpula. Acho que teremos muitas outras rodadas de negociações de mudanças climáticas antes da solução final ser encontrada.”

Muitos delegados em Bonn estão pessimistas com o desfecho, dizendo que as conversas para encontrar um sucessor para o protocolo de Kyoto depois de 2012 perderam força.

Após dois anos de conversas, a cúpula de Copenhague foi incapaz de apresentar um sucessor para Kyoto, mas mais de 110 países desde então assinaram um acordo não-vinculante. O presidente norte-americano Barack Obama é um de seus maiores apoiadores.

O acordo prometeu US$ 30 bilhões entre 2010 e 2012 para ajudar os pobres a enfrentar os impactos da mudança climática, como inundações, secas, deslizamentos de terra e aumento das marés.

Também se comprometeu a manter o aumento das temperaturas globais em menos de 2ºC em relação à era pré-industrial, mas não detalhou com isso deveria ser feito.

De Boer descreveu o acordo de Copenhague como “um desfecho muito importante”, mas muitos países em desenvolvimento em Bonn rejeitaram novas menções a ele nas conversas da ONU, sublinhando as tensões com os EUA, que nunca ratificaram Kyoto.

Fonte: Reuters

Rachadura no gelo assusta pesquisadores britânicos no Ártico

Uma equipe de pesquisadores britânicos foi surpreendida por uma rachadura gigante no gelo logo abaixo de uma das barracas de seu acampamento, no Ártico.

Os três integrantes da equipe Catlin Arctic Survey estão na região para uma pesquisa anual que avalia os efeitos das mudanças climáticas.

Os pesquisadores Ann Daniels, Martin Hartley e Charlie Paton, estavam acampados no gelo quando ele começou a rachar.

“Ouvimos um estalido, alguns estrondos e, de repente, o gelo começou a se romper. Tudo aconteceu muito rápido”, disse Charlie Paton.

A pesquisadora Ann Daniels conta que os pesquisadores já tinham observado o gelo se movimentando. Na manhã seguinte, depois dos barulhos, o gelo começou a se abrir de repente.

“O gelo começou a se romper do lado de fora [do acampamento]. Então o gelo começou a se romper cada vez mais perto das barracas e então, embaixo das barracas. Martin [Hartley] e eu começamos a tirar tudo (das barracas) e empacotar tudo o mais rápido que podíamos.”

“Estávamos retirando todo o equipamento quando Charlie [Paton] gritou: ‘Saiam agora’”, relatou a pesquisadora à BBC.

“Tivemos que decidir rapidamente em lado da rachadura iríamos ficar e resgatar rapidamente todo o equipamento para evitar danos.”

Apesar do susto, nenhum dos equipamentos ficou danificado e os pesquisadores não se feriram.

A equipe de pesquisadores britânicos também está tendo que enfrentar outras dificuldades na região, como grandes extensões de águas abertas, gelo se movimentando rapidamente e placas de gelo deslizando umas sobre as outras.

A missão da equipe britânica é coletar dados para investigar qual o impacto do dióxido de carbono no Oceano Ártico. Além de caminhar na região, os pesquisadores estão perfurando o gelo para fazer medições, além de coletar amostras de água do mar de diferentes profundidades.



Fonte: BBC Brasil

Erupção de vulcão na Islândia não deve afetar o aquecimento global

Grandes erupções vulcânicas já tiveram efeito refrigerador no clima da Terra, mas o recente evento na Islândia é pequeno demais para trazer alívio ao aquecimento global antropogênico, disseram cientistas nesta sexta-feira (16).

O evento marcante desta capacidade de refrigeração vulcânica dos últimos 20 anos ocorreu em 1991, quando o Monte Pinatubo entrou em erupção nas Filipinas, resfriando a superfície terrestre em 0,5ºC no ano seguinte, o suficiente para compensar o impacto dos gases causadores de efeito estufa entre 1991 e 1993.

Um episódio refrigerador menor ocorreu em 1980, quando o Monte Santa Helena, no Estado americano de Washington, teve seu topo pulverizado, um evento que embora tenha sido impressionante, expeliu apenas um décimo do material liberado pelo Pinatubo.

O resfriamento se explica por uma fórmula simples: o vulcão libera grande quantidade de cinzas vulcânicas e dióxido de enxofre, que são transportados para a estratosfera, camada da atmosfera acima da troposfera, a mais próxima da superfície.

Lá, fenômenos físico-químicos criam uma fina camada de partículas esbranquiçadas que, durante meses ou anos, circundam a Terra e refletem parte dos raios solares, impedindo que a radiação atinja o solo.

Escudo

“Basicamente, é como colocar um escudo refletor sobre o pára-brisa do carro, impedindo que o interior aqueça demais”, comparou Colin Macpherson, da Universidade Durham University, nordeste da Inglaterra.

Mas ele e outros afirmaram que a erupção do vulcão na geleira Eyjafjallajokull foi pequena demais, não produzindo enxofre suficiente, e sua pluma circundou a uma altitude baixa demais para ter qualquer impacto climático.

Qualquer efeito será “muito insignificante”, reforçou, de Genebra, Scylla Sillayo, da Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês).

Menor

“No momento, estamos olhando para algo que é cerca de 100 vezes menor do que o Monte Santa Helena. Na escala em que está agora, é relativamente improvável que tenha qualquer efeito perceptível no clima”, explicou Kathryn Goodenough, da British Geological Survey (BGS).

“Com o Pinatubo, as cinzas chegaram a 18.000 metros de altitude nos trópicos”, acrescentou Emmanuel Bocrie, do serviço climático francês Meteo France.

“Não é a mesma situação neste caso, onde a pluma está, em média, a 6 mil metros, com picos de 11 mil metros. Além disso, esta é uma parte da atmosfera [a troposfera], onde há ventos potentes, que têm grande efeito dissipador”, explicou.

Os cientistas chegaram a afirmar que a erupção da geleira islandesa poderia ter um efeito regional no clima da Europa, mas só se durasse alguns anos.

“Na década de 1780, uma grande erupção no sul da Islândia levou cerca de dois anos e gerou grande quantidade de enxofre”, disse Macpherson.

“Isto causou um ‘smog’ terrível, as colheitas foram afetadas pela chuva ácida e a qualidade do ar ficou realmente muito ruim. Mas foram preciso dois anos [de erupção] para causar este efeito e certamente não estamos confrontados com algo semelhante agora”, acrescentou.

Duplo

Outra hipótese é que a atual erupção poderia desencadear outra ainda maior, no vizinho vulcão Katla.

Em 1821-1823, o atual vulcão entrou em erupção e depois se silenciou, e ao fim do ciclo, foi a vez do Katla entrar em erupção.

“As pessoas sugeriram que talvez haja vínculos entre eles, através de fissuras, mas é importante enfatizar que não há provas de que um vá desencadear erupções no outro”, disse Goodenough.

De qualquer forma, o resfriamento vulcânico é apenas uma quebra temporária nos efeitos das emissões de gases estufa antropogênicas, apontadas como responsáveis pelas mudanças climáticas.

Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura do planeta aumentou 0,74ºC entre 1906 e 2005. No últimos cinquenta anos deste período, o aquecimento dobrou, com um aumento de cerca de 0,13º C por década.

Finte: France Presse

Na China, camponeses matam todos os peixes de um lago para plantar

Camponeses de uma localidade do leste da China mataram deliberadamente, jogando na água 560 quilos de pesticida, todos os peixes de um lago na província de Anhui, informou nesta quinta-feira (15) a agência Xinhua.

Com essa atitude, que também afetou as águas de outros lagos e rios nas proximidades, foi extinta toda a vida animal do lago Luojia, de quatro quilômetros quadrados.

Os camponeses teriam decidido matar os peixes para cultivar plantas aquáticas chamadas “euryale” no local, utilizadas na medicina tradicional chinesa e também em jardinagem, como ornamento.

O uso do pesticida também afetou parte do lago Poyang, nas proximidades, com 22,7 quilômetros quadrados de extensão.

Analistas dos serviços de pesca provinciais trabalham contra o relógio para evitar que o pesticida contaminasse outras águas da região.

Se não for detida a contaminação, rapidamente os pesticidas podem atingir uma área de 33 quilômetros quadrados de áreas aquáticas.

Fonte: EFE

Poluição por ozônio aumenta em São Paulo

A qualidade do ar em algumas regiões da Grande São Paulo piorou nos três primeiros meses do ano por causa do ozônio -poluente causado principalmente pela queima de combustível. Pela medição da Cetesb (agência ambiental paulista), o ar só foi considerado “bom” em 17 dos 90 dias analisados.

Nos outros 73 dias do trimestre, a qualidade do ar oscilou entre má, inadequada ou regular -o que, segundo especialistas, coloca em risco a saúde da população, já que pode causar tosse seca, ardência dos olhos, cansaço e falta de ar. Os primeiros a serem afetados são idosos, crianças e pessoas com doenças cardíacas e respiratórias.

A marca, a terceira pior dos últimos dez anos, acendeu o sinal de alerta entre os ambientalistas, já que, desde 2006, a poluição por ozônio estava mais baixa. No primeiro trimestre do ano passado, por exemplo, a qualidade do ar só não foi considerada boa em 67 dos 90 dias.

Especialista em poluição atmosférica na USP, Paulo Artaxo afirma que, para que a saúde da população esteja protegida dos poluentes atmosféricos, “a classificação da Cetesb tem que estar dentro do nível “bom’”. “Não somente os grupos mais sensíveis sentem efeitos [na saúde] nestes níveis de poluição, mas toda a população está sofrendo”, diz Artaxo.

O ozônio é um gás tóxico que se forma principalmente a partir da queima de combustíveis. Ele não sai direto dos escapamentos, mas compostos com nitrogênio e oxigênio, lançados pelos motores dos carros, ajudam a formar o gás após reagirem com a luz solar. As altas temperaturas, típicas do verão e da primavera, são importantes agentes no aumento dos níveis de ozônio no ar.
No caso da Grande SP, entretanto, a questão natural é só parte da explicação, diz Artaxo. “Uma das razões da subida das concentrações de ozônio é o aumento da frota automotiva na capital.” Para ele, medidas como a inspeção veicular, “que começou atrasada em pelo menos dez anos”, não estão servindo para limpar o ar.

A Cetesb, entretanto, apesar de admitir que o ozônio não está sob controle, relativiza o problema.

Mas Alfred Szwarc, também especialista em poluição do ar, concorda com Artaxo. “Embora as emissões dos veículos leves estejam controladas [além da inspeção, há mais de dez anos existem novas tecnologias sendo implementadas], observamos um grande crescimento no tráfego de motos e de veículos médios movidos a diesel, como vans, picapes e pequenos caminhões de entrega.”
Szwarc também diz ser contra o projeto de lei em discussão no Congresso que libera carros movidos a diesel no país. “Do ponto de vista ambiental, essa medida seria uma volta ao passado.” Segundo ele, os carros a diesel feitos hoje no país são poluidores e barulhentos.

Para a SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), os carros a diesel são importantes, do ponto de vista ambiental e econômico.

Fonte: Folha de S.Paulo

Energia limpa vinda do lixo

Os advogados e engenheiros que moram em uma área elegante em Horsholm, Dinamarca, convivem em paz com o vizinho do outro lado da cerca: uma enorme usina de energia que queima milhares de toneladas de lixo doméstico e industrial ininterruptamente.

Muito mais limpo do que os incineradores convencionais, esse novo tipo de usina converte o lixo local em calor e eletricidade. Dezenas de filtros apanham os poluentes, desde mercúrio até dioxina, que saíam das chaminés uma década atrás.

Foi justamente na última década que esse tipo de usina virou o destino principal do descarte de lixo e uma fonte crucial de energia em toda a Dinamarca, desde áreas ricas como Horsholm até o centro de Copenhague. Essas usinas reduziram os custos energéticos do país e sua dependência de petróleo e gás para aquecimento.

Elas também beneficiaram o meio ambiente, diminuindo o uso de aterros e cortando as emissões de dióxido de carbono. As usinas são tão ambientalmente limpas que, muitas vezes, sai menos dioxina das suas chaminés do que das lareiras domésticas e das churrasqueiras de fundo de quintal.

Com todas essas inovações, a Dinamarca agora considera o lixo uma alternativa de energia limpa, em vez de vê-lo como um problema fedorento e desagradável. E os incineradores, conhecidos como usinas de “lixo para energia”, tornaram-se uma marca das cidades, enquanto comunidades como Horsholm disputam para que eles sejam construídos em seus territórios.

Expansão. A Dinamarca agora tem 29 usinas de incineração, que servem a 98 municípios em um país de 5,5 milhões de habitantes. Outras dez usinas estão sendo planejadas e em fase de construção. Em toda a Europa, existem cerca de 400 usinas, sendo Dinamarca, Alemanha e Holanda os países líderes em expansão e construção nesse segmento.

Em contraste, nenhuma usina de lixo para energia está sendo construída ou planejada nos Estados Unidos, segundo a Agência de Proteção Ambiental, embora o governo federal e 24 Estados classifiquem o lixo que é queimado para se obter energia como um combustível renovável e, em muitos casos, passível de subsídios. Existem apenas 87 usinas incineradoras de lixo nos EUA, país com mais de 300 milhões de habitantes, e quase todas elas foram construídas há pelo menos 15 anos.

Em vez de incineradores, aterros sanitários distantes continuam como o destino principal do lixo norte-americano. “A Europa nos deixou para trás com essa tecnologia”, disse Ian Bowles, ex-oficial do governo Clinton e atual secretário de Energia de Massachusetts.

“Os atuais aterros norte-americanos estão transbordados e a pressão para se reduzir a emissão de gases do efeito estufa está aumentando. Com isso, muitos Estados estão considerando propostas de reutilização do lixo para a produção de energia. Mas deve haver resistência, da mesma forma que as turbinas de vento para se obter energia eólica causam protestos”.

 Fonte:O Tempo

Saiba como descartar corretamente o lixo

O Brasil produz, atualmente, cerca de 228,4 mil toneladas de lixo por dia, segundo a última pesquisa de saneamento básico consolidada pelo IBGE, em 2000. O chamado lixo domiciliar equivale a pouco mais da metade desse volume, ou 125 mil toneladas diárias. Do total de resíduos descartados em residências e indústrias, apenas 4.300 toneladas, ou aproximadamente 2% do total, são destinadas à coleta seletiva. Quase 50 mil toneladas de resíduos são despejados todos os dias em lixões a céu aberto, o que representa um risco à saúde e ao ambiente. Mudar esse cenário envolve a redução de padrões sociais de consumo, a reutilização dos materiais e a reciclagem, conforme a "Regra dos Três Erres" preconizada pelos ambientalistas. A idéia é diminuir o volume de lixo de difícil decomposição, como vidro e plástico, evitar a poluição do ar e da água, otimizar recursos e aumentar a vida útil dos aterros.

Tempo de decomposição dos resíduos



Coleta Seletiva

Veja abaixo quais os tipos de lixo que podem ser reciclados:

DESTINO PAPEL PLÁSTICO VIDROS METAIS
COLETA SELETIVA papéis de escritório, papelão, caixas em geral, jornais, revistas, livros, listas telefônicas, cadernos, papel cartão, cartolinas, embalagens longa vida, listas telefônicas, livros sacos, CDs, disquetes, embalagens de produtos de limpeza, PET (como garrafas de refrigerante), canos e tubos, plásticos em geral (retire antes o excesso de sujeira) garrafas de bebida, frascos em geral, potes de produtos alimentícios, copos (retire antes o excesso de sujeira) latas de alumínio (refrigerante, cerveja, suco), latas de produtos alimentícios (óleo, leite em pó, conservas), tampas de garrafa, embalagens metálicas de congelados, folhas-de-flandres
LIXO COMUM papel carbono, celofane, papel vegetal, termofax, papéis encerados ou palstificados, papel higiênico, lenços de papel, guardanapos, fotografias, fitas ou etiquetas adesivas plásticos termofixos (usados na indústria eletroeletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos), embalagens plásticas metalizadas (como as de salgadinhos) espelhos, cristais, vidros de janelas, vidros de automóveis, lâmpadas, ampolas de medicamentos, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e de computadores clipes, grampos, esponjas de aço, tachinhas, pregos e canos
Fonte: Instituto Akatu

Caso não haja coleta seletiva em seu bairro ou condomínio, procure as cooperativas de catadores e os Postos de Entrega Voluntária (PEVs). O Grupo Pão de Açúcar também possui pontos de coleta nos supermercados em todo o país. A iniciativa está sendo ampliada para outras bandeiras do grupo, como a rede Extra.


O que fazer com o lixo doméstico

Lâmpadas Fluorescentes

Apesar de economizar energia, as lâmpadas fluorescentes contêm metais pesados. Enquanto estão intactas, elas não oferecem risco durante o manuseio. Contudo, quando rompidas, liberam vapor de mercúrio, que é absorvido principalmente pelos pulmões, causando intoxicação. Dependendo da temperatura do ambiente, o vapor pode permanecer no ar por até três semanas. Por isso, é recomendável que as lâmpadas sejam armazenadas em local seco, dentro das embalagens originais, protegidas contra eventuais choques. No contato com lâmpadas quebradas, é necessário o uso de avental, luvas e botas plásticas. Os cacos devem ser coletados com cuidado, para evitar ferimentos, e colocados em embalagem lacrada. No Brasil, são usadas cerca de três lâmpadas fluorescentes por habitante a cada ano. Isso significa que cerca de 80 milhões de lâmpadas fluorescentes são descartadas no mesmo período, o que equivale a aproximadamente 1.600 kg de mercúrio. As lâmpadas fluorescentes devem ser separadas do lixo orgânico e dos materiais tradicionalmente recicláveis, como vidro, papel e plásticos. Se o destino dessas lâmpadas for o aterramento, o mercúrio se infiltrará no solo, atingindo mananciais e a cadeia alimentar humana

Pilhas e baterias

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) classifica como lixo perigoso as pilhas e as baterias que apresentem, em suas composições, substâncias tóxicas como mercúrio, chumbo e cádmio, pois podem contaminar o solo e a água, além de, em contato com o homem, causar dano ao cérebro, rins e pulmões. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que esses produtos sejam entregues pelos usuários aos estabelecimentos que os comercializam. O Conama também estabeleceu limites nos níveis de metais para a fabricação, importação e comercialização de pilhas e baterias. Por isso, os fabricantes nacionais reduziram a carga poluente de alguns produtos, permitindo seu descarte no lixo comum. - Não podem ser descartadas no lixo comum: baterias com níquel cádmio utilizadas em celulares, telefones sem fio e outros aparelhos com sistemas recarregáveis; baterias de chumbo ácido usadas em algumas filmadoras de modelo antigo e em veículos; e pilhas de óxido de mercúrio, usadas em instrumentos de navegação e aparelhos de instrumentação e controle. - Podem ser descartadas no lixo comum: pilhas secas (dos tipos zinco-manganês ou alcalina-manganês), utilizadas em aparelhos como máquinas fotográficas, rádios, brinquedos, entre outros; e pilhas e baterias portáteis (tipo lithium, lithium ion, zinco-ar, niquel metal, hidreto, pilhas e baterias botão ou miniatura), encontradas em jogos, brinquedos, ferramentas elétricas portáteis, informática, lanternas, equipamentos fotográficos, rádios, aparelhos de som, relógios, agendas eletrônicas, barbeadores, instrumentos de medição, de aferição e equipamentos médicos. Anualmente são vendidas cerca de 800 milhões de baterias e pilhas no Brasil. Se um milhão de consumidores conscientes derem a elas o tratamento de descarte adequado, 30 milhões de pilhas serão desviados dos lixões e aterros.

Medicamentos

Deixe os remédios que estiverem fora de prazo em drogarias e farmácias (inclusive as de manipulação), e entregue restos de medicamentos que ainda podem ser utilizados nos Centros de Saúde. Esses locais estão obrigados a atender à Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde

Óleo de cozinha

A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado direto no lixo ou no ralo da pia também pode contribuir para diminuir o aquecimento global, pois sua decomposição emite metano, um dos principais gases que causam o efeito estufa. O óleo deve ser acondicionado em sacos plásticos ou em uma garrafa PET e encaminhado a empresas que o transformam em produto de limpeza ou biodiesel. O material também pode ser levado para Organizações Não-Governamentais, que o encaminham para as empresas. Algumas lojas do Pão de Açúcar na Região Metropolitana de São Paulo também passaram a receber óleo de cozinha (a lista está disponível no site www.grupopaodeacucar.com.br). Outras empresas que recolhem e/ou recebem o óleo usado em residências e/ou empresas. O óleo também pode ser utilizado, pelo próprio consumidor, para se fazer sabão. Confira a receita: Ingredientes: 5 litros de óleo de cozinha usado 200 mililitros de amaciante 2 litros de água 1 quilo de soda cáustica em escama Modo de preparo: Com cuidado, ponha a soda em escamas no fundo de um balde plástico. Depois, adicione a água fervendo e mexa até diluir a soda. Acrescente o óleo e continue mexendo. Misture bem o amaciante. Jogue a mistura em uma forma. No dia seguinte, cortar as barras de sabão.

Fonte: UOL Ciência